Testemunho de Emerson Honório EX-Adventista nascido em Marília

                                                        Escrito por Emerson H. de Oliveira
Meu nome completo é Emerson Honório de Oliveira. Nasci em Marília-SP e desde criança fui
católico, sendo batizado na paróquia S. Miguel.
Eu sempre fui meio dedicado às coisas do alto. Desde criança fui meditativo e contemplativo,
gostando de ficar mais lendo e admirando os elementos religiosos. Sempre me impressionou a
beleza e a riqueza da liturgia da Igreja.
Meus pais sempre foram católicos e meu pai sempre me deu exemplo de bom católico e
praticante. Ele é minha grande influência.
Eu gostava de ensinar o catecismo a meus coleguinhas vizinhos. Sempre gostei de ensinar
religião. Reunia um grupo de uns cinco amigos e lhes falava sobre a Bíblia e o catecismo.
Também sempre gostei demais de filmes religiosos, que sem dúvida moldaram minha faceta
religiosa como Os Dez Mandamentos, O Rei dos Reis e Ben-Hur. Por isso creio que exibir
filmes religiosos para crianças é de extrema valia. Também me impressionava a vida de
santos: S. Francisco, S. Bernadette, etc.
Eu sempre percebi que as coisas do alto são mais importantes que as materiais. Sei que este
mundo é apenas uma passagem, um estágio, para algo maior (que, como cristãos, devemos
buscar). Por isso, com 18 anos, tive a intensa vontade de ser missionário redentorista, em
Aparecida do Norte (onde fui três vezes e fiquei estupefato pela beleza da basílica Velha. Sou
desenhista e amo arquitetura de igrejas).
Mas na adolescência comecei a arrefecer minha freqüência à missa. Meus pais continuaram,
mas eu parei de ir. Acho que foi este arrefecimento que me conduziu às querelas depois a
No entanto, em 1988 eu estava passando por um momento de depressão. Veio um pastor
adventista da promessa aqui em casa que orou e, a partir daquele momento, comecei a
freqüentar a Adventista da Promessa (IAP). Minha irmã foi primeiro a esta denominação. Ela
dizia que iria sair da Igreja católica “para passar para uma mais organizada” (segundo ela,
estava decepcionada com alguns testemunhos de alguns católicos que “iam tomar a
Eucaristia depois que haviam bebido, etc”). Isso é um lembrete para que prestemos atenção a
nosso testemunho.
Quando entrei na IAP também fui bombardeado por bobagens anticatólicas como “os
católicos adoram imagens, Maria, santos, etc”. O pastor que me levou a IAP era anticatólico
ferrenho. Era uma boa pessoa, mas estava equivocado. O que ele via e entendia não era a
Igreja católica, mas uma caricatura dela. Infelizmente, e descobri depois, a IAP é muito
influenciada por táticas anticatólicas de Loraine Boettner e outros, além de ser uma versão “lig
ht”
do Adventismo do Sétimo Dia, visto não ter Ellen White. De certa forma, fico feliz em ter sido
IAP e não IASD, pois estes são muito mais agressivos contra a Igreja católica do que a IAP.
Esta não é tão agressiva e quase não falam sobre a Igreja católica.
Tive muitas atividades na IAP: fui professor de Escola Bíblia, pregador (várias vezes –
interessante, cabe dizer aqui – que, modéstia à parte, por minha pregação ser mais “profunda”
e gostar de usar línguas bíblicas originais na mensagem, alguns estranhavam às vezes. Uma
vez, minha mãe me disse que a mulher de um pastor aqui cochichou a outra quando eu fui
pregar: “ih! Lá vem história” – querendo zombar que minha pregação era profunda e
exegética. Os IAPs aparentemente não suportavam muito este tipo de pregação), cantor (sim,
eu canto solo e em coral), líder de juventude, etc.
Mas em 2007 eu estava examinando uma lição bíblica escrita pelo pr. Genésio Mendes, o
autor do Doutrinal da IAP, onde ele tenta fazer de tudo para dizer que At.20.7 foi no sábado e
não no
domingo
. Ora, eu já tinha um certo conhecimento de línguas bíblicas originais (tenho enciclopédias e
léxicos de grego e hebraico) e vi que At.20.7 realmente dizia “no primeiro dia da semana” (o
nosso domingo). Percebi que o pr. Genésio Mendes não estava usando de
exegese
mas de
eisegese
. Vi que em vários pontos onde a Bíblia dizia que um evento claramente foi no domingo ele
tentava torcer para que fosse no sábado. Isso é uma falácia e me desencantou do adventismo.
Como poderia confiar mais num sistema que errava em algo tão importante assim?
Eu já sabia de textos que eram delicados à IAP, como Cl.2.16 e ICo.16.2 mas simplesmente
‘aceitava” a interpretação da IAP sem fazer uma avaliação mais crítica. Foi realmente DEPOIS
que eu comecei a pensar criticamente que encarei de frente o castelo de cartas que é a
doutrina adventista da promessa: suas doutrinas (como a mortalidade da alma, o sábado,
Jesus ter morrido na quarta-feira, etc.) eram facilmente arrasados por um perfeito estudo
bíblico. Somente pessoas que não querem pensar criticamente aceitam sem analisar esses
ensinos.
Daí comecei meu retorno a Igreja católica. Por quê? Porque havia estudado todo o
protestantismo e visto que todas as seitas e denominações não têm autoridade, não tem
unidade, não tem lógica e ainda seguem o sola scriptura. Não poderia ficar num sistema
assim.
Então em dezembro de 2007 eu me confessei e retornei oficialmente à Igreja. Eu já conhecia
o Veritatis Splendor e havia me decidido a juntar-me a eles, visto que sou apologista. Também
sou o ilustrador e cartunista da equipe. Sinto-me feliz de estar nessa família e na Igreja de
Deus.

Comentários

  1. Fico feliz que tenha voltado a verdadeira igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sou católica casada com um membro da Igreja Adventista da Promessa e espero em Deus que um dia ele ouça a verdade.

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  2. Sou ex-pastor da IAP, igreja na qual não me congrego mais. Meu mais nobre instrutor nessa igreja, era o Pastor Jesus Antonio Barrera, doutor em direito canônico e ex-padre da igreja católica. Gostaria de indicar ao senhor, com muito respeito e estima, que assista o filme: Os pilares da terra e tb The Tudors, No Netflix e no google, o senhor os encontrará. Quero ressaltar que o cristianismo Cristo está para além das portas denominacionais, para além de Luthero ou do papa, está onde estiverem dois ou três reunido em seu nome. Essa é minha concepção. Não sou denominacionalista.

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  3. Sou ex-pastor da IAP, igreja na qual não me congrego mais. Meu mais nobre instrutor nessa igreja, era o Pastor Jesus Antonio Barrera, doutor em direito canônico e ex-padre da igreja católica. Gostaria de indicar ao senhor, com muito respeito e estima, que assista o filme: Os pilares da terra e tb The Tudors, No Netflix e no google, o senhor os encontrará. Quero ressaltar que o cristianismo Cristo está para além das portas denominacionais, para além de Luthero ou do papa, está onde estiverem dois ou três reunido em seu nome. Essa é minha concepção. Não sou denominacionalista.

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